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Crédito imobiliário tem várias opções de linha e indexador

Crédito imobiliário tem várias opções de linha e indexador

O interessado em crédito imobiliário encontra diversas linhas de financiamento, com variados indexadores de contrato, no mercado. Principalmente, nas ofertadas pela Caixa Econômica Federal.

Uma delas, a mais recente, é a vinculada ao rendimento da caderneta de poupança. A linha é oferecida em todas as agências da Caixa, com taxas de juro que variam entre 3,35% ao ano, para os correntistas do banco, e 3,99% ao ano, para os não clientes, mais a variação acumulada pelo rendimento da caderneta. O tomador tem até 35 anos (420 meses) para pagar o financiamento.

A remuneração da caderneta equivale a 70% da taxa básica. Com a Selic em 2,75% ao ano, a poupança rende 1,94% ao ano. A regra está em vigor desde 2012, quando foi definido que o ganho da poupança seria 70% da Selic quando a taxa básica for igual ou inferior a 8,50% ao ano.

O saldo devedor da mais recente modalidade de financiamento, lançada no início do mês, terá atualização mensal pela Taxa Referencial (TR), que está sem variação. Esse indexador está zerado desde que a Selic recuou abaixo de 8,50% ao ano.

Detentora de uma fatia de 68,8% do mercado de crédito imobiliário, a Caixa oferece ainda outros três tipos de empréstimo habitacional.

O mais tradicional, com saldo devedor do contrato corrigido pela TR, cobra taxas de juro que variam de 6,25% a 8% ao ano. Outra modalidade é a atrelada à inflação oficial, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que acumulou variação entre 2,95% e 5,20% em um período de 12 meses, dependendo do mês de corte, ao longo do ano passado. O empréstimo com juros fixos tem taxas de juros entre 8% e 9,75% ao ano.

Com exceção dos contratos da modalidade com juros fixos, os demais contratos de crédito imobiliário estão sujeitos à variação dos indexadores de atualização do saldo devedor. Alguns mais, outros menos.

O que mais gera dúvidas para os detentores de contratos atrelados ao IPCA, no momento, é o comportamento do IPCA. A variação acumulada por esse índice nos últimos 12 meses, até fevereiro, foi de 5,20%. Em espiral ascendente, a expectativa é de que essa variação fique acima de 6% em meados do ano.

As projeções para 2021 têm passado por seguidas revisões para cima. A última estimativa, publicada no boletim Focus desta segunda-feira, 5, aponta para um IPCA de 4,81%.

À medida que a inflação avança, sobe também a estimativa para a Selic no fechamento do ano Analistas e economistas ouvidos pelo Banco Central para o relatório Focus projetam uma taxa básica de 5% no fim de 2021.

À proporção que a Selic sobe, aumenta também, ainda que residualmente, o rendimento da poupança. E, com ele, a correção do saldo dos contratos de crédito imobiliário vinculados à caderneta.

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