Conheça os fundos de investimentos e ações que os ricos mais investiram
Em abril, os investidores endinheirados, assessorados por especialistas em investimentos (assessores, consultores e gestores de patrimônio), preferiram investir mais em ações do setor bancário, seguros, commodities e até companhia aérea e deixam de lado as varejistas.
Segundo o estudo Big Data Smartbrain, feito pelo consolidador de investimentos Smartbrain, ações como Itaú (ITUB4), Bradesco (BBDC4), as ações da Via Varejo (VVAR3) e da Magazine Luiza (MGLU3), que seguiam na lista das preferidas por estes investidores, deixaram o Top 10 de ações em abril. Na outra ponta, as ações da Azul (AZUL4) e BB Seguridade (BBSE3) entraram no mês.
Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) são figurinhas tarimbadas, mas, enquanto a Vale passou de segunda mais demandada para primeira entre março e abril, a Petrobras passou de primeira para décima no mesmo período. Outras que se mantém já há alguns meses na lista são as ações da WEG (WEGE3), da Locaweb (LWSA3) e da B3 (B3SA3).
“O ritmo de vacinação contra a covid-19 segue lento, mas, apesar de todos os desafios, existem indicativos de que já no segundo semestre haverá uma parcela significativa da população imunizada, o que contribuirá para uma melhoria na economia”, diz em relatório a Smartbrain.
O estudo Big Data Smartbrain também mostra os fundos de ações, multimercados, renda fixa e imobiliários que os investidores endinheirados investiram em abril. Veja mais abaixo.
Composição da carteira
Outra parte da análise é a composição média das carteiras em abril, que prosseguiu na mesma linha do mês anterior. De forma geral, os investidores mantiveram suas estratégias de alocação nas diferentes classes de ativos.
Os fundos multimercados continuaram com a maior participação, apresentando uma leve queda de 45,16% em março para 44,62% em abril.
A parcela de renda fixa – fundos dessa classe e títulos públicos e privados – representou 30,43% em abril, praticamente sem alteração em relação ao mês anterior.
Por sua vez, a fatia de ações e fundos de ações, que tinha diminuído de janeiro para fevereiro, seguiu quase no mesmo patamar entre março e abril, ocupando 14,94% das carteiras, em média.
A novidade deste mês do estudo é a divisão de produtos de previdência privada na carteira, que em abril foi de 5,8% – antes estavam contemplados como “outros”.
O Big Data Smartbrain é feito com base nos ativos mais investidos, de acordo com as informações que os investidores ou seus assessores colocam na plataforma de consolidação de investimentos da Smartbrain. Diariamente a plataforma processa mais de 300 mil extratos de investimentos, somando mais de R$ 200 bilhões de patrimônio analisados. Nos sistemas da fintech são observadas carteiras de investidores dos segmentos do varejo (uma participação de 20,14%), alta renda (46,25%), private (29,61%) e ultra high (4,01%).
Como a maioria dos investidores analisados são atendidos por assessores, consultores e gestores de patrimônio, o levantamento acaba refletindo as aplicações que foram mais indicadas por esses profissionais no período.
Fundos de renda fixa
Em abril, uma novidade para o mercado de renda fixa: a taxa Selic subiu 0,75 ponto percentual, passando de 2,75% para 3,5% ao ano. Foi a segunda alta consecutiva do juro básico da economia brasileira promovida pelo Comitê de Política Monetária (Copom do Banco Central).
Fundos imobiliários
No mercado de fundos imobiliários, o Ifix (Índice de Fundos Imobiliários), fechou em 0,51% no mês passado, acumulando uma desvalorização de 0,31% no ano.
Fonte: Valor Investe